domingo, 9 de janeiro de 2011

Alegoria do Relacionamento.

Artur e Victor, pai e filho separados pelo destino quando Victor ainda mamava. Viveram anos sem ter notícia um do outro e quanto mais a vida passava, mais se apagava a imagem do pequeno filho na memória do solitário pai. Victor não imaginava como era Artur, a única foto, lembrança que guardava com zelo e carinho, manchara com o tempo. Passados trinta anos, movidos pelo amor e auxiliados pelos avanços dos meios de comunicação, se encontraram. O reencontro foi esquisito, o abraço, frio, o ósculo, seco. Os dois não se conheciam e nem imaginavam como poderiam agradar. Entretanto, o amor era tão forte que quanto mais se aproximavam, mais se adequavam e em pouco tempo, sem regras, sem imposições, sem preceitos e sem leis os dois estavam completamente ligados. Victor passou a saber da vontade do pai através de simples gestos, um olhar, um sussurro, um sorriso, não era preciso Artur ordenar ou ameaçar. Por ilação, os dois não eram totalmente satisfeitos um com o outro, visto que eram pessoas que mal se conheciam e que ainda desenvolviam, através da aproximação, um relacionamento. Além disso, a penitência, o dogma, e as leis eram desnecessários, haja vista o amor falar mais alto. Imagino que se Victor e Artur tivessem pautado sua nova caminhada de acordo com o que aprendemos sobre relacionamento com Deus na religião(onde a penitência é rotineira; as regras para agradar a Deus são pontuais e bem definidas; os paradigmas imperam e os dogmas são imovíveis) não teriam, talvez, sinceridade. A imposição distancia, o legalismo macula o sentimento. Deus é amor por definição e nós o amamos porque Ele nos amou primeiro, por isso não existem normas, modelos, linha ou prescrição. Nesse caso, o que prepondera é o amor.



SHALOM BLESSED

Victor Rebouças.

Bom para um, mal para outros!

Quem disse que CFC faz mal? Ledo engano, faz bem sim. Nunca havia usado, mas nos últimos dias, por uma composição perfeita de fatores, nós nos encontramos, confesso: Estou surpreso e espero que essa aproximação seja pontual e definitiva(permanente). As características são marcantes, envolventes e repleta de integridade, caráter e companheirismo. Por isso, alerto a todos, não se enganem, CFC faz um bem “desgramado”.

2010, um livro que está se fechando.

Sempre gostei de ler. O romance, em qualquer de suas modalidades, instiga a criatividade; a biografia ensina a como procedermos; a poesia, a encaixar pensamentos em métrica e ritmo; a filosofia abrilhanta o pensamento; e a Bíblia produz fé. Aprendo nos livros bons e nos ruins. Nos bons multiplico o meu vocabulário, desenvolvo uma corrente lógica de pensamento, consigo iniciar e fechar bem meu discurso; nos ruins, a como não escrever. Acho extremamente engraçado como tenho dificuldade em me despedir de uma página bem escrita, boas construções, períodos complexos e diretos, articulação bem estruturada me prendem por vários instantes, não encontro facilidade para me desligar, marco, dobro, risco para que lá na frente eu volte e reveja. Entretanto, boa ou ruim, a leitura sempre acaba. 2010 está se findando e, como num livro, é preciso valorizá-lo, se foi bem escrito; voltar à página e relembrar, se foi brilhante; porém, se foi ruim, a como escrever uma nova história ou refazê-la em 2011. O importante é: espetacular, medíocre ou péssimo, 2010 está no fim, o que passou talvez não faça mais parte da minha realidade, então, viremos, com maestria e elegância, esta página.

FELIZ 2011

Victor Rebouças.