segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Eleições Florentinas-Pior do que está, fica!

As eleições de 2010 foram marcadas por avanços e retrocessos. O Brasil é um país de dimensões continentais, talvez seja esse o motivo de tão profunda dicotomia.

No Nordeste e no Norte, regiões historicamente desprezadas, os eleitores apresentaram relevante evolução ideológica, haja vista alguns oligarcas terem perdido o pleito. Na Bahia, a família Magalhães mais uma vez sucumbiu às eleições para o governo do estado; em Alagoas, Collor não emplacou para o segundo turno; No Amazonas, Artur Virgilho fica fora do senado; No Ceará, o “Galeguim dos zoi azul” despenca nas últimas semanas devido ao apelo feito por Lula, apoiando dois outros candidatos, o presidente dizia: “quem vota num, vota no outro; quem vota no outro, vota no outro.” Entretanto, no Rio Grande do Norte e no Maranhão optaram pela velha ordem oligárquica.

Infelizmente, o maior colégio eleitoral brasileiro, São Paulo, protestou da pior forma possível(existem formas mas eficazes, a abstenção é uma delas, nesse ano foi em número recorde, mais de 9 milhões de votos inválidos, é um avanço), elegeram um candidato que não cansa de se denominar, e a nós também, o que é pior, de “abestado”. Foram mais de um milhão de votos que serviram para arrastar três candidatos aliados de seu partido para a câmara dos deputados. Porém, estão querendo anular a sua expressiva eleição por suspeita de fraude na prova de seu nível de escolaridade, o “abestado” parece ser analfabeto e por isso não pode assumir cargo público.

Será que o Brasil está preparado para a democracia? Responda você!

Um comentário:

  1. Que seja feita a vontade do povo. O povo quis, o povo elegeu. Talvez estejamos diante de uma nova forma de protesto, onde votar em certos candidatos, bem destoantes da maioria como Tiririca, seja uma forma de demonstrar aos políticos costumeiros que o povo sabe que na maior parte das vezes é feito de um bando de "abestados". Sendo assim, por que não colocar alguém que se auto-denomina "abestado" para nos representar? É uma leitura. Seria a própria ratificação do imaginário popular de que a política não presta e que só tem corrupto e por isso são eleitas pessoas que não pertencem às tradicionais elites, pessoas que são consideradas próximas do povo.
    Outra leitura: o povo é ignorante, mas não é burro. O povo quer resultados a curto prazo, quer concretude. Se a vida está melhor com Lula, porque ficar sem ele? Quem é Marina para o povo? Alguém que discursa bem, tem déias interessantes, mas pouca influência política. Ela foi a grande vencedora desta eleição. Muitas águas ainda vão rolar...

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